
Todo cuidado é pouco quando se trata da coisa mais importante das nossas vidas: os filhos.
Não tiramos os olhos deles, mas basta uma piscadela pra coisa toda acontecer. Guia básico de primeiros socorros para creches
Crianças são assim, curiosas e destemidas por natureza, querem explorar e conhecer cada centímetro do mundo que a cercam, e é assim que deve ser. Crianças que hoje exploram livremente e descobrem seu mundo possuem mais chances de tornar-se um adulto interessado e empenhado em aprender, e nossa obrigação como pais é permitir que este processo aconteça da forma mais natural possível, e principalmente, com a segurança e o cuidado necessário para que este processo aconteça saudável e proveitoso para todos.
Pensando nisso o Grupo Vínculo em parceria com a Clínica Previna realizaram mais um encontro do grupo numa palestra com três médicos pediatras dentre eles o Dr. Luiz Verri proprietário da clínica, e também a Dra. Lurdes e Dr. Geraldo que além de atenderem na clínica fazem parte do corpo médico do hospital Vera Cruz, e compartilharam suas experiências e recomendações pediátricas com uma palestra teórica e prática para esclarecer as dúvidas mais comuns e orientar os pais na procedência de primeiros socorros.
O mais importante é prevenir. Confira aqui como proteger seu filho de acidentes no primeiro ano de vida.
A primeira e mais imprescindível dica é manter a calma! Somente com ela você poderá agir rapidamente e salvar a vida do seu filho.
Tenha em vista, de preferência na geladeira ou no quadro de recados, os números de emergência do Samu(192) e dos Bombeiros(193).
Como agir perante algumas das situações mais comuns? Confira abaixo um resumo do guia básico e consulte sempre que necessário:
– Convulsão: deitar a criança de lado apenas para se acaso ela vomitar não correr o risco de afogamento, tirar objetos de perto que possam machucar, proteger a cabeça, afrouxar toda a roupa. Após o ocorrido levar ao hospital.
– Hemorragias: lavar, cobrir com gaze ou pano limpo, comprimir até parar o sangramento.
– Compressão direta: Não retire a gaze do ferimento por conta do coagulo. Atadura.
– Elevação do membro: acima do tórax em combinação de compressão.
– Compressão indireta: ferimentos fundos, no braço – comprimir a arteira braquial localizada próxima da axila. Na perna – artéria femural localizada próxima a virilha.
Em grandes hemorragias não faça, nunca, em hipótese alguma, esqueça torniquetes.
– Sangramentos nasal: coloque a criança de cabeça para baixo comprimindo o local, ou as duas narinas até parar.
– Sangramento boca: gaze, compressão direta, mais ou menos durante 10 minutos.
Se cair/quebrar o dente: Guardar o dente no leite, e levar para o odontopediatra.
– Desmaio: verificar a respiração, deitar em local seguro. Caso demore para acordar ligue para emergência.
– Cortes pequenos: lavar com soro ou água e sabão, apenas.
– Corte profundos: lavar com soro ou água e sabão, estancar o sangramento.
– Queimaduras:
– Térmicas: colocar o machucado embaixo da torneira por alguns minutos. Não passar nada. Compressas frias alivia a dor. Serviço de emergência caso tenha bolha ou ferimento grave. Caso queime a roupa e a pele junto não remover a roupa.
– Químicas: enxague por cerca de 20 minutos o local. Cubra a queimadura e leve a emergência. Tire a roupa. Nunca colocar nada na queimadura.
– Sol, primeiro grau, compressa fria.
– Queda: se bater a cabeça a criança deve ser avaliada por um médico. Ficar atentos à vômitos. Não deixar a criança dormir é um mito.
– Torções e fraturas: Imobilizar com tábua, revistas, jornais ou qualquer objeto que possa servir como mobilizador. Com um pano ou uma gaze enrole o local por cima do objeto. Gelo: bolsa de gelo, nunca na pele diretamente.
– Choque elétrico: primeiramente, desligar a corrente elétrica da casa, só então toque a vítima.
– Parada cardiorrespiratória: iniciar massagem no peito e respiração boca a boca, enquanto o socorro médico é acionado.
– Intoxicação: não provocar o vomito. Cheire a boca da criança para tentar identificar qual produto foi ingerido.
Pasta de dente também é tão perigosa por conta do flúor. Lavar a boca com água corrente. Não administre líquidos. Leve o produto com você na emergência.
– Picadas: compressão fria. Ferrão: tentar remover. Alérgica: inchar olhos, boca, orelha, correr para a emergência.
– Afogamento: checar a respiração. Se não estiver, deve-se iniciar um procedimento conhecido como Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Ligue para emergência.
– Engasgos: objeto na garganta. Prevenção: Até 6 meses dê apenas líquido para o bebê, e até os 4 anos de idade a boca ainda não está preparada para lidar com objetos sólidos, se tiver um objeto na boca ela não saberá o que fazer, e então engole. Brinquedos, jamais com partes pequenas.
– Engasgo leve: a criança ainda emite sons. Deixe-a tossir.
– Engasgo grave: sem respiração. Bater nas costas e compressões no tórax. Bebe voltado para baixo. Bebe física que não responde.